Novo piso salarial dos professores é aprovado: MEC anuncia aumento de 14,9%
O reajuste no piso salarial dos professores foi quase de 15%, bem acima da correção inflacionária, cujo IPCA foi de 5 57%
O ministro da Educação (MEC), Camilo Santana, anunciou o reajuste do piso salarial dos professores. Segundo a publicação do Instagram de Santana, a remuneração do magistério subiu de R$ 3.845,63 para R$ 4.420,55, o que corresponde um aumento de 14,94%, acima da inflação de 2022, que foi de 5,79%.
“Anuncio aos novos professores e professoras que assinei a portaria que estabelece o novo piso magistério 2023: R$ 4.420,55. O piso de 2022 era R$ 3.845,63. A valorização dos nossos profissionais e fator determinante para crescimento do país”, escreveu Santana em sua conta no Instagram.
A medida se aplica a profissionais vinculados às redes municipal, estadual e federal que lecionam no ensino infantil, fundamental ou médio e tenham carga horária de 40 horas semanais.
Entidade tinha cobrado reajuste no piso salarial dos professores
Na semana passada, a CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) cobrou o Ministério da Educação um reajuste nos salários dos professores. Os representantes da entidade citaram que o valor deveria ser reajustado com a publicação de uma portaria, mas, tradicionalmente, estados e municípios só seguem o reajuste após anúncio do MEC.
“Como nós estamos já na segunda quinzena de janeiro, precisamos ganhar agilidade em termos de anúncio para quebrar a resistência desses maus pagadores e fortalecer a luta dos nossos sindicatos”, disse o presidente da CNTE, Heleno Araújo.
Bolsonaro reajustou o piso salarial dos professores mais de 30% no último ano de mandato
No início de 2022, o governo de Jair Bolsonaro (PL) reajustou o piso salarial dos professores de R$ 2.886 para R$ 3.845, um aumento de 33,24%. Na época, o anúncio foi realizado em uma cerimônia junto com o então ministro da Educação, Milton Ribeiro, que foi afastado por acusação de corrupção.
Ribeiro relatou que teria “recursos existem e o governo federal, já há previsão legal, pode, de maneira justificada, socorrer eventualmente um gestor que não consiga cumprir esse montante”.
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